domingo, 14 de novembro de 2010

G1 e R7 - Uma análise da eficiência do jornalismo digital dos portais Letra + número

Após algum tempo atrasado vamos à análise da eficiência enérgética das fontes não-renováveis de petróleo. ops! essa é outra história. de novo.

Esta post é uma análise dos portais G1 e r7 da Globo inquire sobre a eficiência dos dispositivos tecnológicos na função de comunicar jornalisticamente nos meios digitais. O post se pauta nas aulas ministradas pela Kalynka e na leitura do artigo de Luciana Mielniczuk sob título Características e implicações do jornalismo na Web cujos principais eixos discursivos são a Interatividade, Customização de Conteúdo/Personalização, Hipertextualidade, Multimidialidade/ Convergência e Memória.

Interatividade, êta palavrinha controversa, só me lembra as aulas de Ataíde em que clamava que juntássemos “lé” com “cré”. Pois é, considerando que interatividade é quando o receptor tem a capacidade de assumir o papel de emissor a tal ponto que esses papeis se diluem, os sites estão muito aquém do esperado. Mas relativizando e levando em conta o nível de interatividade da mídia impressa, por exemplo, podemos dizer que os dois portais ofertam possibilidades razoáveis do internauta participar. A Globo por seu espírito centralizador oferta a possibilidade de compartilhar a notícia no facebook, orkut e twitter; enviar a um amigo. Mas jamais, JAMAIS oferece a possibilidade de comentar a notícia, nem mesmo sendo moderada. O mesmo ocorre com o R7. Isto vai de encontro a teorias “digitais-integradas” que esquecem um importante dado na interpretação de uma mensagem, o enunciador. Portais como esse têm o poder de legitimar o institucionalizar o que fora noticiado, mas não oferecem brechas efetivas para contestação. Percebe-se esse impedimento até na matéria que noticia a perda do Vôlei do Brasil para a Rúsia no Mundial de vôlei feminino, assunto que teoricamente não gera polêmica.

Pensando em customização de conteúdo em termos do que poderia ser e do que é, atualmente os sites estão muito aquém do que deveriam ser. Os assuntos são genéricos e minimamente os assuntos que interessam ao leitor poderiam ter mais destaque, seria uma home Page para grupos de interesse a partir das visitas anteriores no site. Percebemos que existe uma grande sincronização entre a expectativa e o que é mostrado é que é esperado é no tocante a publicidade. O banner trouxe assuntos de meu interesse. Em termos atuais, podemos considerar que existe uma gama de possibilidades e que o internauta pode selecionar, com alguns cliques os assuntos que mais lhe interessam. Nesse aspecto os portais cumprem um papel importante pois conseguem reunir pessoas de hábitos e modos de vida diferente em um mesmo lugar com uma infinidade de oferta de conteúdo.

No tocante a hipertextualidade, percebemos uma interessante distribuição de informações em blocos de conteúdo e “caminhos” para sites externos. A multimidialidade ora é usada em excesso, (isso não significa que está sendo utilizada de maneira adequada), ora subutilizada. No portal da globo, por exemplo, as notícias e texto são acompanhadas de vídeos que são exibidos simultaneamente a leitura do texto. Ao tentar ler um texto e ver o vídeo há uma confusão “cognitiva do que dar atenção.” Multimidialidade é entendida por alguns como sobreposições de possibilidades tecnológicas, quando ser multimídia significa utilizar os elementos necessários para comunicar algo de modo sinérgico. E ser sinérgico não significa utilizar tudo a todo tempo.
Quanto à memória, os sites também possuem espaços para esse item. No caso dos dois em questão, muito devido ao histórico televisivo do qual esses portais são herdeiros. No r7 parte da trajetória da atriz Cleide Yáconis é relembrada em foto e texto.

Uma característica bastante festejada no meio digital é a instantaneidade. Certamente na home page isso é fato. Por pouco o site não anuncia a perda da seleção feminina de vôlei feminino antes do fim do jogo. Mas nas páginas internas isso não acontece. Nas seções de entretenimento, vemos assuntos já ultrapassados e irrelevantes ocupando espaços importantes. Na seção entretenimento desde ontem são repetidas fotos de famosos na Praia no Rio de Janeiro no G1.

domingo, 19 de setembro de 2010

Um amish visita uma sala de conferência na Amazônia

Olá caros irmãos,

Venho por meio desta relatar uma experiência que tive na Amazônia, esse lugar tão famigerado cuja reputação e exageros chega até nosso longíquo vilarejo, onde não precisamos dessas inutilidades com os quais o homens que são chamados "da floresta" usam para se esconder seus verdadeiros sentimentos, suas aspirações e principalmente o medo de entrar em contato com o outro.

Cheguei a Belém e na Universidade Federal do Pará, um instituto de conhecimento semelhante ao nosso estudo bíblico, mas que estuda muitas outras coisas. Lá fui acolhido por uma turma simpática de alunos de Jornalismo.

Liderado por uma professora que ostenta elegância e bastante conhecimento de uma ciência ... semiótica: ela disse ser a ciência dos signos...(depois dizem que nós que somos estranhos). Ela me contou que gentilmente intimou seus alunos, por um aparelho que faz várias coisas, de cálculos, conversas e até cartas (eles chamam tudo isso de computador), para uma conversa por meio de um aparelho quadrado no qual a gente vê outras pessoas em outros lugares... no começo até pensei que era assombração, mas percebi que era um jeito que eles usam para se comunicar.

Nessa reunião que eles chamam de virtual, eles apregoam que estão todos num ciberespaço... um espaço que não é real, mas que todos estão compartilhando uma experiencia única em um lugar imaginário que materialmente não existe... sei que vocês irão dizer que estou me baseando no Platão para inventar essa estória. Mas, por mais abstrato que seja, a experiência é real!(é comecei a absorver esse espírito entusiasta com esses trecos comunicativos).

Numa sala da Vivo, uma empresa, estávamos conectados com outras pessoas, pódíamos ouvi-las e vê-las apesar da imagem ruim(se comparado com a tv, mas isso é estória pra outra carta). Mas o mais barato é podíamos falar também, apesar de o único uso que fizemos de nosso direito de falar serviu para desconcentrar outras pessoas que diziam ser do Rio Grande do Sul, uma terra distante, mas ainda no Brasil e que tem pessoas bem parecidas com nosso povo.

Nessa esquisita reunião ouvimos algumas pessoas falarem sobre educação, que estavam no ciberespaço é claro! Uma indiana contou como usou esses tais computadores para disuctir e tentar reduzir os índices de uma doença que aparentemente é bem perigosa porque deixa as pessoas sem as defesas naturais do nosso corpo, chamam ela de HIV. Outro palestrante (é tipo um pastor, que divulga nossas ideias religiosas às vezes, mas não somente) falou do homeschooling, o nome é complicado mas a ideia é simples apesar de ser meio absurda. Imagina que eles propõem que ao invés de irem à escola, como incentivamos inclusive em nossa congregação, que se estude em casa com a ajuda do tal computador. sim, sim, tudo no ciber espaço.

Comecei a gostar disso que parece ser o Deus dele, chamam de tecnologia. Do jeito que eles falam parece que ela resolve tudo, compra o alimento, vigia o seu filho, aproxima as pessoas, dá até pra namorar segundo eles. A tal tecnologia é algo estranho, ao mesmo tempo que os aproxima, os afasta. É com eles eles querem falar com cinco pessoas ao mesmo tempo. alguns são tão fanáticos por tecnologia que usam ao mesmo tempo o tal computador e outro aparelho, o celular. Com ele eu poderia ouvir a voz de vocês e vocês a minha. Agora tenho que ir. Antes de ir embora tenho que conhecer o twitter.

Até mais, espero que na nossa próxima vez a minha carta chegue mais rápido, quem sabe a gente não se vê... no ciberespaço.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Manual de sobrevivência do ser digital

Ter Orkut, facebook, twitter, blog e canal no Youtube deixaram de ser consideradas futilidades do mundo digital e passaram a ser uma condição sine qua non para se relacionar com os amigos, consumir, está visível para os processos de seleção de empresas e até para ser avaliado academicamente, né Kalinka? A professora "deu a ordem"e fez com que todos os "atrasildos" se conectassem ao fascinante mundo das redes sociais ou ciperespaço.

As tecnologias têm esse poder, transformar ideias, gerar adesão. Eu como estudante de comunicação volta e meia me percebi com uma sensação de ansiedade e inquietamento por achar que estava um passo atrás da tecnologia. A verdade é que bastante oneroso socialmente administrar (bem) essa vida ciberespacial.

Ciberespacial porque literalmente é uma viagem a outra galáxia. Pois, segundo Mc Luhan, as tecnologias são uma extensão de nossa percepção. O cinema permite ampliar nossa capacidade de ver, tornando possível perceber detalhes que a olho nu seriam impossíveis. O mesmo ocorre com a TV, o rádio e sobretudo, com o computador. Pois é nele que o homem realiza plenamente suas capacidades de se extender à tecnologia.

Essa ampliação de repertórios de experiências cibernéticas produz um novo ser. Para o escritor italiano Giovani Sartori a televisão gera e pare um novo homem. O Homo Videns, um homem que depende, necessariamente, dos códigos visuais para compreender e, portanto, perde sua capacidade de abstração, em certo sentido se idiotizando. Relativizações ao seu pensamento são necessárias.

Um dado importante nesse frenesi por se comunicar a tudo e a todos e que geralmente não comunicamos nada. Pois existe uma razão inversa entre informação e comunicação. E estamos tão inundados em tempestades de informações que nos falta tempo para pensar. Comunicar pressupõe compartilhar com o outro uma experiência única. Não é isso que geralmente acontece nas redes sociais. Scraps coloridos e animados na tela do Orkut disfarçam a superficialidade e impessoalidade que há entre você e seu amigo. Mandar beijo se tornou tão superficial que eu adotei "o xeru", à baiana, para demarcar para aqueles que realmente merecem esse mimo. O calor humano de um abraço de um amigo não é substituído por um gift do facebook. As redes sociais são um meio, alguns a encaram como o único.

As tecnologias, a pílula, a roda, TODAS tem esse poder: alterar a paisagem, as relações afetivas, a relação com o meio ambiente e por fim alterar a nós mesmos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Engordar pode transformar seu companheiro(a) em hippie

Ontem quando lanchava com minha amiga Edil, um hippie se aproximou e pediu para mostrar suas pulseiras. Até ai tudo normal, só até aí. O hippie contou que guerreou na Guerra das Ilhas Malvinas, quando voltou descobriu que sua namorada havia morrido em um acidente de carro. Ele disse que ficou doidão, caiu em cima da tumba da amada e só queria morrer. Mas, sua mãe descolou uma grana ele viajou para a Bahia, casou, teve filhos e A MULHER ENGORDOU!A partir de então virou hippie, conheceu vários lugares e coleciona vários objetos exóticos como essa cabeça de peixe que remete à imagem de Jesus Cristo crucificado.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Grandes vitórias são como espadas

Quantas vezes já nos perguntamos:"Por que não consigo aquilo que tanto almejei??" A pergunta se torna mais recorrente e petulante quando(achamos que) seguimos à risca todos os passos da caminhada ao nosso Olimpo particular. Ontem me questionando sobre isso me veio à cabeça uma metáfora bastante iluminadora.
Grandes conquistas exigem grandes responsabilidades e ,sobretudo, maturidade. Na verdade, elas são como espadas afiadas: se não tomamos posse dela no momento exato ao invés de nos facilitar a caminhada derrotando inimigos e removendo obstáculos, elas amputam nossas pernas e junto com elas nossa possibilidade de caminhar.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Uma outra estória do Natal

Quem incluiu uma oportunidade como presente do bom velhinho pode encontrar nesse áudio muitas respostas para 2010


Saia do quadrado

O Negócio é materializar ideias e abstrair objetos
A proliferação de mídias e formatos publicitários gerou indiferença do consumidor para as formas tradicionais de conquistá-lo. A publicidade foi obrigada, então, a reinventar seus formatos e a si própria.
Criar uma caixa de remédio para dizer que só sendo louco para não estudar na nossa faculdade ou de criar um lápis que, quando apontado vai acabando com o analfabetismo. É esse o caminho que a publicidade vem trilhando para romper a inércia de pessoas, que são bombardeadas com dezenas de apelos publicitários previsíveis: é o folder para um condomínio e um fly para a balada de sábado.
A estratégia é dar uma nova função a um objeto que já existe e a acrescentar a ele uma função publicitária. (coisas da Viviane menna). Nessa corrente de comunicação a Faculdade do Pará – Fap –promoveu uma campanha no início do ano tendo como matéria-prima uma caixa de remédios trazendo a inscrição “Só os loucos não mudam pra Fap”. A caixa de remédio continha uma bula que explicava os inúmeros benefícios de mudar para a Fap.
Para o Diretor Geral da Faculdade do Pará, Ricardo Paul, a intenção de materializar idéias e abstrair objetos é quebrar paradigmas, causar impacto. Ele afirma que com ações dessa natureza o público é surpreendido quando vê que o objeto não é o que ele esperava e isso é extremamente positivo. “O retorno da campanha foi ótimo, nunca conseguimos tantas transferências externas, além disso, acredito que o ganho qualitativo para a nossa Comunidade de Ideias foi enorme, avalia ele.

Os custos operacionais, a escassez do tempo e a desconfiança do anunciante quanto à eficiência prometida são, todavia, obstáculos para a execução da refuncionalização.
Quando se usa um objeto para comunicar uma idéia as possibilidades de sucesso se multiplicam, mas junto com elas, os riscos. Ricardo afirma que deixou de imprimir um “G” na caixa de remédios para não dar margem a interpretação mal-intencionada de que a Faculdade era genérica.
Agora que você já sabe o que é materializar idéia vamos lá, saia do quadrado, ou dos quadrados.

CBN - A rádio que toca notícia - Lucia Hippolito

CBN - A rádio que toca notícia - Lucia Hippolito

São profissionais como a Lúcia que nos fazem ter fôlego e acreditar na função social do jornalista.